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Avaliar uma empresa é um processo essencial para determinar seu valor justo de mercado, representando sua potencialidade econômica. Segundo Martins (2001) e Assaf Neto (2008), esse processo envolve decisões subjetivas, como a definição de expectativas de retornos futuros e a taxa de atratividade econômica, sendo fundamentais para métodos de avaliação sofisticados.

Métodos de Avaliação Empresarial

Existem diversos métodos de valuation, que variam em termos de objetividade e complexidade. Métodos mais simples, como os patrimoniais, são diretos e objetivos, enquanto abordagens mais complexas, como o Valor Econômico Agregado (EVA) e o Fluxo de Caixa Descontado (FDC), proporcionam avaliações mais precisas e confiáveis.

Martins (2001) categoriza os métodos de avaliação em três grandes grupos:

  1. Técnicas de comparação ao mercado
  2. Técnicas baseadas em registros ajustados de ativos e passivos
  3. Técnicas que consideram o desconto de fluxos de benefícios futuros

Métodos Patrimoniais

Dentro do modelo patrimonial, Assaf Neto (2008) identifica variações como:

  • Valor histórico
  • Valor histórico corrigido
  • Valor de realização de mercado
  • Valor realizado líquido
  • Valor de liquidação
  • Valor de reposição

Embora sejam métodos úteis, eles possuem limitações, pois se baseiam em registros passados e não consideram a geração futura de riqueza.

Múltiplos de Mercado

O modelo de avaliação por Múltiplos de Mercado compara ativos com base nos preços de mercado de ativos semelhantes (Galdi e Couto, 2012). Para padronizar essa análise, utilizam-se múltiplos como fluxo de caixa, receitas ou valor patrimonial. No entanto, Zamariola e Silveira (2011) alertam que obter essas informações pode ser trabalhoso, devido ao contexto de incertezas inerente a essa metodologia.

EVA e MVA

O Valor Econômico Agregado (EVA) busca refletir a geração de riqueza real da empresa. Criado pela Stern & Stewart, ele considera que há criação de valor quando a empresa consegue remunerar melhor o custo de oportunidade do capital investido. Assaf Neto (2008) destaca que esse método mede o “lucro genuíno”, deduzindo o custo de oportunidade do capital próprio.

Já o Market Value Added (MVA) representa o valor adicional que a empresa gera além do necessário para repor seus ativos a preços de mercado. Essa medida expressa monetariamente a riqueza gerada aos proprietários do capital.

Fluxo de Caixa Descontado (FDC)

O método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC) é amplamente reconhecido por seu rigor teórico e conceitual. Ele considera o valor presente dos benefícios futuros gerados pela operação da empresa, levando em conta sua perpetuidade. O FDC é valorizado por sua capacidade de fornecer uma avaliação detalhada e realista, aplicando uma taxa de desconto que representa o custo de oportunidade dos investidores.

De acordo com Assaf Neto (2008) e Martins (2001), o FDC é o método prioritário para valuation devido à sua coerência com a moderna Teoria de Finanças e sua capacidade de revelar a real geração de riqueza da empresa.

Conclusão

Os métodos de valuation incluem técnicas de comparação ao mercado, análise patrimonial, Múltiplos de Mercado, EVA, MVA e FDC. Cada abordagem tem suas vantagens e aplicações específicas, sendo essenciais para investidores, gestores e analistas financeiros que buscam compreender o real valor de uma empresa. Em conteúdos futuros, exploraremos cada um desses métodos em mais detalhes, trazendo insights estratégicos para uma avaliação empresarial eficiente e bem fundamentada.